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TENDÊNCIAS NA GESTÃO DA FORÇA DE TRABALHO PARA O "PRÓXIMO NORMAL"


Os resultados de recente pesquisa da empresa de consultoria Mckinsey & Company sugerem que a crise pode acelerar algumas tendências de gestão de mão-de-obra já em andamento, a exemplo da adoção de automação e digitalização, aumento da demanda por trabalhadores terceirizados e relações informais (gig worker), além de contratações de trabalhadores para trabalho remoto, podendo ser acrescido, ainda, à realidade brasileira, o uso de trabalhadores intermitentes.

Essas alterações na força de trabalho, por sua vez, poderão gerar grande demanda por trabalhadores para preencher outras áreas, a exemplo de saúde e higienização, cibersegurança e análise de dados.

Não somente o COVID-19 gerou milhões de desempregados, mas viabilizou que um conjunto de empregos surgissem da crise, os quais são distintos daqueles que foram perdidos.

Vide, abaixo, gráfico da pesquisa conduzida pela consultoria McKinsey & Company.


Restrições sem precedentes nas interações físicas, assim como as mudanças nos hábitos de consumo que tomaram lugar a partir da pandemia, forçaram empresas e consumidores a mudar a forma como esses negócios funcionavam.

Ao invés de meses ou anos, estas tendências impulsionaram as transformações digitais em questão de semanas.

É o exemplo dos trabalhadores em atividades não essenciais que, ao migrarem para o regime de home-office, ou teletrabalho, foram responsáveis pela grande aceleração na implementação de tecnologias pelas empresas.

O uso de tais tecnologias permitiram relações "sem contato" com o cliente, num período em que o contato físico é desencorajado e construiu resiliência ao limitar a confiança em trabalhadores suscetíveis ao vírus.

Vários segmentos apontaram para um aumento da adoção de automação.

O estabelecimento de pagamentos sem contato, e de sistemas de transferência cresceu durante a pandemia e é uma tendência consolidada.

A adoção de automação e Inteligência Artificial se expandiu principalmente entre as empresas que ampliaram a mudança para o trabalho a partir do COVID-19.

Um aspecto positivo da pandemia é que as empresas descobriram que podem adotar novas tecnologias muito mais rápido do que pensavam anteriormente.


O trabalho remoto chegou para ficar, mas não para todos ou para todos os dias de trabalho

O potencial e a aptidão para o trabalho remoto depende da natureza das tarefas a serem realizadas, sendo, por óbvias razões, mais compatíveis com o trabalho interno que era realizado em escritórios, através do uso de computadores.

Haverá desafios no gerenciamento da força de trabalho que está trabalhando em home-office. As empresas precisam redesenhar a forma como trabalho é executado, decidir quais empregados e funções são mais adequados ao trabalho remoto e reconfigurar e repensar o local de trabalho.

Enquanto os locais de trabalho são redesenhados, as empresas irão, provavelmente, adicionar novas competências aos instrumentos de gestão.

Outra previsão que a pesquisa da Mckinsey sugere é que, em até dois anos, cerca de 70% das empresas usarão mais trabalhadores temporários e terceirizados do que contratariam antes da pandemia.


Segundo a pesquisa, a incerteza sobre como a pandemia vai se desenrolar e quando as economias vão recuperar o ímpeto pode ser uma das razões para os planos de aumentar o número de terceirizados e prestadores de serviços. Outro motivo para tornar a mão-de-obra um custo variável, por meio destes instrumentos, pode refletir as pressões com despesas a que as empresas estão sujeitas enquanto trabalham para sobreviver à crise.

O COVID-19 já mudou drasticamente a forma como muitos trabalhos são realizados, e os empregadores agora estão planejando a melhor forma de extrair benefícios dessas mudanças enquanto se preparam o pós-pandemia. Maior digitalização e automação, maior demanda por autônomos, terceirizados e intermitentes e maior confiança no trabalho remoto têm o potencial de fornecer melhor produtividade, reduzir custos e aumentar a resiliência da empresa.

O empresário brasileiro deve ficar atento ao correto uso dessas alternativas contratuais a fim de evitar que os prejuízos advindos de uma contratação considerada ilegal ou fraudulenta comprometa ainda mais a já debilitada saúde financeira de muitos negócios.

A inovação historicamente gerou mudanças benéficas para os trabalhadores e a humanidade em geral, e as novas tendências no local de trabalho trazem a promessa de maior produtividade que estimulará um bem-estar mais amplo.

O escritório, como sempre, coloca-se à disposição de seus clientes para atuar como parceiro, durante este período de necessários ajustes e adaptações, contribuindo para a formação de negócios e atividades mais resilientes.



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